Idade
Média Inicial | Armas de Projecção
de Fogo | Bombarda | Arcabuz
| (Back)
Concretiza-se por um longo e melancólico período de interrupção que compreende
o declínio do Império Romano e a era moderna que vai de 400/600 a 1500marcado
por duas novas civilizações. Bizântica e Islâmica. Culmina com a conquista de
Constantinopla, capital do império romano do oriente, pelos Turcos em 1453.
Idade
Média Inicial – 600 a 1050
Queda
do Império Romano do Ocidente
Alta Idade Média – 1050 a 13000 Idade Média Tardia – 1300 a 1400 Guerra dos Cem Anos (1337 – 1445) Peste Negra (1347-1350) |
Armas
principais |
Com
a besta surgem os primeiros mecanismos de disparar. A besta foi evoluindo quanto
aos mecanismos de disparo e quanto à potência. Tal foi a potência a que chegaram
que no final começaram a utilizar molinetes, aparelhos mecânicos que permitia
ao besteiro vencer a força do arco e armar assim a sua besta. O arcabuz é uma
variante da Besta no qual a grande diferença, para além da força, é que o virotão
no lugar de actuar por cima do corpo da besta actuava antes no interior desta.
Os besteiro,
pela sua especialidade, tornam-se nos primeiros militares a serem contratados.
Apesar de
ter uma cadência de tiro menor que o arco tinha uma grande vantagem: era a capacidade
de estar sempre armada e capaz de disparar a qualquer momento, coisa que o arco
não permite. (Voltar)
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A bombarda era não mais que um primitivo canhão, o qual não passava de uma chapa de aço forjada em forma de tubo e reforçada com cintas metálicas. Este tipo de armas foi-se generalizando embora de uma forma limitada, isto, devido ao reduzido nível técnico-metalúrgico da época para este tipo de armas; estas armas eram tão perigosas para quem as operava como para quem estava à volta. Outro entrave era o perigo de manusear pólvora no campo de batalha e a busca de uma mistura perfeita para usar em campanha. Pesava entre 20 e 30 Kg. Utilizava projécteis de pedra ou metal, no entanto para grandes calibres utilizavam-se os de pedra pois eram mais leves e mais baratos |
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Contudo,
devido ao peso, foram criadas em 1365 as pequenas bombardas. Estas eram
mais leves e eram para ser utilizadas e transportadas por um só combatente.
Outras bombardas deste género, o pestimal, foram especialmente concebidas
para serem utilizadas por cavaleiros. A carga era comprimida no fundo da
arma pelo projéctil e através do ouvido, no qual estava a escorva, fazia
a ligação entre a caçoleta e o cano e através do qual se incendiava a carga
propulsora. Petrinal – possibilitava o seu transporte a cavalo; era accionado pelo morrão (género de mecha mas sem chama). Tinha um apoio no peito para que o cavaleiro pudesse efectuar o disparo. (Voltar) |
Arcabuz
(1392)
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É a primeira arma a dar-nos ideia da espingarda moderna visto que foi a primeira a ter uma coronha, tal como as modernas. É também com o arcabuz que se adopta como regra a mecha, o que possibilitava ao atirador medieval estar longe do fogo e dispensava assim o ferro em brasa como fonte de ignição. O canal de inflamação foi colocado de lado, o que tornava o tiro mais prático. A inflamação era ainda manual. Já no século XV é introduzido no arcabuz um mecanismo que constava num simples ferro em S no qual se prendia a mecha, começaram assim os mecanismos de disparar. Isto possibilitava ao atirador uma melhor pontaria sem se preocupar se a mecha ia ao sitio certo ou não. Pistola – com esta arma é introduzida a serpe, um mecanismo que fazia accionar, através da acção sobre o gatilho, uma pequena garra na qual estava presa a mecha; esta baixava até à caçoleta onde incendiava a escorva, um método mecânico mais rigoroso e fiável que o praticamente artesanal usado no arcabuz. |
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É introduzido em 1520 o fecho de caçoleta (tampa). Tratava-se de uma tampa que encerrava a caçoleta que permitia proteger a escorva do tempo adverso, ter sempre a arma carregada e evitar disparos acidentais devidos ao descuido do manuseamento da mecha. Ao introduzir-se o fecho de serpentina no Arcabuz este passou a tomar o nome de Mosquete. Esta “nova” arma vem dar origem ao mosqueteiro, um novo combatente especializado. Aparece também o Polvorinho, um recipiente em couro ou marfim que permite armazenar a pólvora e um mais fácil carregamento das armas de atacar pela boca. A quantidade de pólvora utilizada continuava a depender da experiência do atirador. Devido à pólvora grosseira utilizada na época era normal os canos ficarem bastante obstruídos com resíduos de pólvora. Assim, começou a adoptar-se o Calepim; trata-se de um pequeno pano ensebado para facilitar a passagem do projéctil pelo cano, sendo este ainda esférico. Com a introdução do mosquete passa a ser possível a perfuração. Com o “fenómeno de vento”, que são gases que se escapam do cano antes do projéctil sair do cano, perde-se a força da acção dos gases. Isto devia-se ao projéctil ser menor que a alma do cano. Com o mosquete criam-se canos mais aperfeiçoados, o que permite aproveitar a totalidade dos gases. (Voltar) |